Crise Agricola

População faz fila para tentar comprar arroz em Bangladesh.

Esse não é só um problema enfrentado pelo Bangladesh ou por países pobres, a "Crise de Alimentos" tem afetado também o Brasil, especialmente as famílias de baixa renda.

• No Brasil:

A escalada nos preços do arroz, que já subiu 15% nos últimos 30 dias em São Paulo por conta das notícias de escassez no mercado mundial, vai prejudicar principalmente as famílias de baixa renda, que ganham até seis salários mínimos, isso ocorre porque, à medida que passam a receber mais, estas famílias passam a consumir mais arroz e feijão. Para quem ganha acima disso, acontece a substituição deste produto por outros alimentos.

"Está sobrando um pouco. Não veria preocupações para o abastecimento interno", ressalta a pesquisadora Beatriz Pinheiro, lembrando que houve alta da produtividade nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que são responsáveis por quase 70% da produção nacional. Além disso, há espaço para crescimento para a cultura em Mato Grosso, Pará, Maranhão e Piauí. "Com planeamento, podemos pensar até em abastecer o mercado externo", Afirma Beatriz.

• Entendendo um Pouco da Crise:

De acordo com o Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas, a falta de alimentos ameaça como um "tsunami silencioso", e pode afundar na fome 100 milhões de pessoas. Os principais fatores que influenciam a alta dos preços dos alimentos são o aumento da demanda, a alta do petróleo, a especulação e condições climáticas desfavoráveis.

1. Aumento da Demanda: A população mundial está comendo mais. Especialmente nas economias que têm registrado maior expansão, como a da China, que tem 1,3 bilhão de habitantes. Logo valeria a Lei da Oferta e Demanda, a qual estipula o preço a ser vendido.
2. Alta no Preço do Petróleo: já que a agricultura demanda grandes quantidades do óleo, seja no maquinário, tratores, uso de fertilizantes ou transporte, até esse produto chegar ao consumidor. “O aumento no petróleo também faz com que o preço final dos alimentos fique mais caro”, diz Francisco Carlos Teixeira, professor da UFRJ.
3. Especulação: Com a queda do dólar, muitos investidores migraram para o mercado agrícola, gerando uma serie de especulações com relação ao preço dos commodities do arroz.
4. Condições Climáticas: Devido a turbulência climática que o mundo tem enfrentado, muitas culturas foram devastadas ou reduzidas.
   

Fonte: G1.